"... tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações! "

Eça de Queiroz - O primo Basílio

terça-feira, 2 de novembro de 2010

UM NOVO FIM


Vislumbro novas possibilidades...
Consigo enxergar as cores, a energia boa dos que chegam,
Dos que contemplam o novo,
Dos que sentem o ímpeto de recomeçar um novo dia...
Reflexos de uma mente inquieta.

Uma emoção que flui através dos incontáveis rostos, sorrisos, histórias...

Entre os transeuntes um reencontro...
Como não sabê-lo aqui novamente, trazendo-me o riso amigo, o abraço antigo, sentido e tão familiar!

De onde viemos trouxemos tanto querer...

Ah! Que essa energia perdure!
Deus, que não se baste! Imploro...
Um simples olhar, um sorriso e Percebemos o quanto de nós há dentro de nós. Sentimentos latentes devido a uma ausência prolongada,
carentes das mesmas emoções de tantas outras passagens ...

Se fulgás, lamento, sofro. Viajamos muito para tão pouco e a minha alma, já pressentia essa presença amiga, há tanto, que vinha mudando o meu rumo, levando-me ao hoje, trazendo-me aqui...
Onde em cada movimento, reconheço-me, espectadora de um recomeço, escrevendo um novo fim.