"... tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações! "

Eça de Queiroz - O primo Basílio

domingo, 8 de agosto de 2010

DESVENDANDO-ME



Por vezes é a brisa, que folgosa brinca em meu corpo e me faz sutilmente mulher; a sentir os aromas, a sangrar pelas perdas escondidas em mensagens subliminares e a sorrir despudoradamente, sem motivo algum aparente...
Por vezes sou eu quem me embalo, aos acordes de um simples desejo e deixo-me levar pelos lampejos infantis de minha imaginação, com tanto querer, com tanta paixão, que quase me perco no caminho de volta.

3 comentários:

  1. Oi Renata, muito bonita sua poesia. Carrega consigo algumas ilações e um forte componente sensual, algo que nos remete à imaginação...
    Abraços e beijos, Luiz Maia

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Luiz! Honra-me o elogio vindo de voce, tão experiente nos escritos. Abraço

    ResponderExcluir
  3. Querida Renata,

    Muito obrigado pelo bem que você me faz ao escrever coisas lindas que sequer sei se as mereço. É maravilhoso manter contato com pessoas que espalham o melhor que há em si. Sei muito bem o empenho que travas para levar ao ar idéias e sentimentos. Claro está que necessitamos de estímulos para superarmos algumas barreiras que se interpõem à nossa frente. Claro, o caminho fica menos áspero quando temos o reconhecimento das pessoas. Foi bom saber de sua existência.

    Abraços e beijos,
    Luiz Maia

    "Existem pessoas que nos ofuscam com tamanho brilho. Outras - no entanto - carregam consigo a carência enigmática das esfinges"

    ResponderExcluir